O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, acusado de praticar corrupção na compra de equipamentos médicos e contratos, declarou nesta sexta-feira (28) que a decisão de seu afastamento foi “induzida pela PGR” por influência da presidência da República. “A família Bolsonaro quer o Rio de Janeiro”, disse
BRAZIL 247 – O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, acusado de praticar corrupção na compra de equipamentos médicos e contratos, declarou nesta sexta-feira (28), em pronunciamento à imprensa, que a decisão de seu afastamento foi “induzida pela PGR” por influência da presidência da República. “A família Bolsonaro quer o Rio de Janeiro”.Ele acusou em sua fala a subprocuradora Lindora Araújo, responsável pela Operação Lava Jato na PGR, de agir politicamente.
O governador afastado também afirmou que está “incomodando prendendo milicianos” e que está “sendo vítima do uso do possível uso político da PGR”.
“A busca e apreensão não encontrou R$1 real na minha casa, foi um circo contra mim, uma decisão induzida pela Procuradoria Geral da República, que persegue governadores e desestabiliza o estado com investigações rasas, buscas preocupantes”, acrescentou.
Witzel disse que “há interesses de poderosos para derrubá-lo”.
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Após surfar no sentimento da antipolítica e se eleger governador do Rio de Janeiro contra todas as expectativas, Wilson Witzel foi afastado do cargo por corrupção. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos na saúde. O vice, Cláudio Castro, assume o governo do RJ, segundo informa o portal G1.
A ordem de afastamento é decorrência das investigações da Operação Placebo, em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde, que denunciou irregularidades na compra de equipamentos médicos durante a pandemia.